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sexta-feira, 6 de novembro de 2020

A diferença entre Sisal e Juta

SISAL 



O sisal (Agave sisalana , família Agavaceae) é uma planta originária da América Central[1], utilizada para fins comerciais.

A. sisalana é cultivado em regiões semiáridas. No Brasil, os principais produtores são os estados da Paraíba e da Bahia, neste último, especialmente na região sisaleira, onde está localizado o maior polo produtor e industrial do sisal do mundo, as cidades de ValenteQueimadasSantaluzRetirolândiaSão DomingosAraci e Conceição do Coité.

Em Valente, encontra-se algumas das maiores indústrias têxteis de sisal do mundo, a empresa Hamilton Rios e APAEB. produzindo carpetes, tapetes, capachos e fios.

Em Conceição do Coité encontram-se as principais batedeiras e indústrias de beneficiamento da fibra de sisal, destacando-se a Hamilton Rios, Cotesi do Brasil, Sisalgomes, Sisaex e Fibraex, que além do beneficiamento da fibra, produzem fios e cordas de sisal, que são exportados para diversos países.

Em Riachão do Jacuípe está uma das maiores empresa exportadoras de sisal, a SISALL - All About sisal fiber.

Santaluz foi a primeira cidade a investir no plantio em grande escala para a comercialização, tendo em sua principal praça um busto de José Araújo Goes que trouxe o Sisal para região do semi-árido brasileiro, tendo plantado a primeira muda na cidade. Santaluz também contou com as maiores batedeiras de sisal da Bahia nas décadas de 60, 70, 80 e 90; destaca-se a batedeira de Luiz Campelo LTDA, falida em 1990.

As cordárias destas empresas, em seu auge chegou a exportar o ouro nordestino para países do continente africano, EUA, e França.

Do sisal, utiliza-se principalmente a fibra das folhas que, após o beneficiamento, é destinada majoritariamente à indústria de cordoaria (cordas, cordéis, fios, tapetes etc.).

O sisal é uma planta originária do México. Os primeiros bulbilhos da Agave sisalana foram introduzidos na Bahia, em 1903, pelo Comendador Horácio Urpia Júnior nos municípios de Madre de Deus e Maragogipe, trazidos provavelmente da Flórida, através de uma firma americana, foi difundido inicialmente no estado da Paraíba e somente no final da década de 30 na Bahia. Atualmente o Brasil é o maior produtor de sisal do mundo e a Bahia é responsável por 90% da produção da fibra nacional.

O sisal teve seu apogeu econômico durante a Crise do Petróleo nas décadas de 60 e 70. A utilização das fibras sintéticas, porém a necessidade de preservação da natureza e a forte pressão dos grupos ambientalistas vem contribuindo para o incremento da utilização de fios naturais.

O ciclo de transformação do sisal em fios naturais tem início aos 3 anos de vida da planta, ou quando suas folhas atingem até cerca de 140 cm de comprimento que podem resultar em fibras de 90 a 120 cm. As fibras representam apenas 4 a 5% da massa bruta da folha do sisal. As folhas são cortadas a cada 6 meses durante toda vida útil da planta que é de 6/7 anos. Ao final do período é gerada uma haste (inflorescência), a flecha, onde surgem as sementes de uma nova planta. Uma característica da família é que a planta morre após gerar as sementes.

O sisal pode ser colhido durante todo o ano: para isto ser possível, não são destacadas do caule as folhas mais novas.

É uma planta resistente à aridez e ao sol intenso do sertão nordestino. É a fibra vegetal mais dura que existe.


JUTA



juta (Corchorus capsularis) é uma fibra têxtil vegetal que provém da família Tilioideae. Esta erva lenhosa alcança uma altura de 3 a 4 metros e o seu talo tem uma grossura de aproximadamente 20 mm, crescendo em climas úmidos e tropicais. A época de semear varia, segundo a natureza e o clima.

As plantas florescem quatro a cinco meses depois de plantadas as sementes de juta na camada da terra é inteiramente regada até surgir os primeiros brotos, depois de semeadas e inicia-se imediatamente a colheita. A fibra útil é contida entre a casca e o talo interno e a extração é feita pelo processo da maceração. As árvores cortadas rente ao solo por meio de foices, são limpas das folhas, postas em feixes dentro da água corrente ou parada.

A alta temperatura das regiões nas quais é cultivada favorece a fermentação e desta forma consegue-se a maceração em 8 a dez dias, permitindo assim a fácil retirada da casca da planta e separação da fibra da parte lenhosa do talo. Enxagua-se e empacota-se.

As melhores qualidades de juta distinguem-se pela robustez das fibras e pela cor branca e brilhante do talo; as qualidades inferiores distinguem-se pela cor dos talos, que são mais escuros, pelo menor comprimento das fibras, de cor mais acinzentada, ao par de terem menor resistência.

O comprimento das células elementares da juta é em média de 0,80 mm, e o diâmetro varia de 0,01 a 0,03 mm.

Analisadas as fibras da juta tem-se: celulose (64,10%), substâncias incrustantes (24,06%), água (9,72%), extrato aquoso (1,06%), cinzas (0,70%), gorduras cerosas (0,36%). Dada a proporção centesimal das substâncias orgânicas da juta tem-se: oxigênio (47,60%), carbono (46,30%) e Hidrogênio (6,10%)

Como pode*se ver pela análise da juta, o seu principal componente é a celulose, sob a forma de linho-celulose. A juta tem boa afinidade para corantes diretos e para corantes básicos. É muito higroscópica, regulando a umidade em 12%, o que a torna a matéria prima ideal para a sacaria, evitando tanto o ressecamento quanto a fermentação do produto acondicionado. Geralmente é fiada em fios grossos ou de tamanho médio e, com eles, são tecidos sacos, embalagens, correias e cordéis. Utiliza-se também em tapetes e tecidos para carpetes e linóleo.

É uma cultura fácil, acompanhada de uma maceração trabalhosa e de pouco rendimento, sem a utilização de agrotóxicos ou fertilizantes.

Até os anos 30 o Brasil dependia exclusivamente da juta importada da Índia. Introduzida no Brasil por Ryota Oyama, a cultura foi feita inicialmente por imigrantes japoneses, que criaram a variedade denominada “Oyama”, tendo sido difundida e plantada na região e chegou a representar grande parte da economia da Região Norte do Brasil.[1]

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